segunda-feira, 19 de julho de 2010

PRA DESCONTRAIR

Do blog do Zé Fogareiro



O curioso caso de Alessandro Pinto

seg, 19/07/10por Zé Fogareiro |categoria Brasileirão 2010
Fala, Zé! Tinha tudo pra ser um interessante roteiro de Holywood, mas é um infeliz cotidiano que já nos assola há 3 anos. Exatamente. Estamos completando três longas temporadas em que a nossa “lateral-direita” encarnou um nome único e intocável. Essa titularidade no Botafogo já virou funcionalismo público, onde se trabalha garantido e sem ameaças de demissão. A história desse cidadão – Alessandro da Conceição Pinto – no Botafogo de Futebol e Regatas é tão inexplicável quanto as perseguições e tiroteios do cinema. É impressionante. Aparentemente, ele é uma pessoa normal, que até se esforça no trabalho. Entretanto, na realidade, trata-se de um profissional altamente supervalorizado, que consegue confiança por razões desconhecidas. Sai uma diretoria, entra outra. Troca-se de técnico por várias vezes, mas uma deficiência se perpetua absurdamente: ninguém coloca o Alessandro pra fora. Consegue explicar, Zé? Então por favor, se manifeste, porque não há personalidade forte neste mundo capaz de barrar o referido “atleta”. Enquanto isso, o papel de palhaço neste filme fica com a gente, diretamente da arquibancada.

Ontem, vivemos mais uma noite de “Não vale a pena ver de novo” nesse Brasileirão. Aliás, o Fogão está colecionando e reprisando vacilos no Campeonato. Pra não perder a conta: foi assim com o cruzeiro, lá em Minas; com o atlético-pr, onde ganhávamos o jogo por 2X0 e perdemos; com o vasco; o corinthians (aquele absurdo dos 47’ do 2º tempo); com o menguinho e por aí vai. Infelizmente, entregar a paçoca está virando uma rotina pro grupo do Papai Joel. O time não está jogando bodega nenhuma. Contra o guarani, ontem lá em casa, foi de doer os olhos de novo. O tempo passava e o preço do ingresso se multiplicava a cada minuto. Que tristeza. A impressão que dá é que o Botafogo nunca mais conseguirá jogar no tradicional 4-4-2 ou 4-3-3, de forma ofensiva. O Joel comprova, cada vez mais, que está totalmente perdido neste elenco. Veja bem: entramos no insistente esquema 6.890-1-2 e jogamos um primeiro tempo horrível. Então, diretamente do vestiário: surpresaaaaa! Na volta do intervalo, o Joel abortou um de seus zagueiros preferidos e lançou mais um atacante agudo. Quanta diferença. Ele chegou a jogar com 4 homens na frente. Desculpa, Zé, mas isso pra mim não é estratégia, é desespero.

A pergunta martela: porque entrar todo fechado, de cara, contra o “imponente” guarani, jogando dentro da nossa própria casa? Pode coçar a cabeça, Zé. O Fogão sofreu um gol, ainda no 1º tempo, numa jogada bem trabalhada pelo adversário e nada combatida por nós. E não adianta colocarmos a culpa do gol só no Caio (que está jogando muito mal, valorizando demais o cai-cai e merecendo todas as vaias e mais duas). As pedras desse erro não podem ter um destino só. Falha coletiva. O Fábio Ferreira, por exemplo, estava marcando o atacante pelas costas, dentro da área. Não dá, isso é princípio básico do futebol. O nosso empate veio no último minuto dos acréscimos. Num escanteio, o zagueiro Danny Moraes subiu bem pra testar e nos dar um pouco de ânimo: 1X1. No 2º tempo, o Jóbson entrou novamente com vontade, mas com pouca solução. O juiz, que conseguiu ficar mais perdido que o Joel Santana, fez o favor de anular um gol legítimo do Herrera e comprometeu ainda mais a partida. Resultado: outro empate com sabor de derrota. Achar que o Maicossuel, sozinho, mudará tudo, é o mesmo que acreditar no potencial indolente do Lúcio Flávio.

As rodadas vão passando e as promessas de mudança ficam apenas nos microfones. Quando o Lúcio Flávio não será relacionado nem pro banco de reservas? Assim como o Sandro Silva, quando o Alessandro será liberado para negociar com algum clube da terceira divisão? Tenho que confessar que fiquei alguns dias dessa semana sem dormir, Zé. Vivi um episódio aterrorizante. Durante um treino, de repente, apareceu do nada, um outro Fahel. Isso mesmo: dois Fahéis no Botafogo. Eu me arrepiei todo de medo, esfregava os olhos, me beliscava e não acreditava. O trauma foi enorme. Se um já é revoltante, você imagina dois, Zé. Foi demais pra mim e isso me roubou algumas noites de sono. Depois é que me acalmaram dizendo que era apenas uma visita do irmão gêmeo do acéfalo. O susto foi grande. Enfim, agora é descansar, esfriar a cabeça e ir pra São Paulo encarar o palmeiras do Felipão. Que a fonte dos vacilos seque e o Fogão retome a trilha da vitória. Te vejo no Pacaembu. Abraço, Zé!

Um comentário:

  1. Não entendo muito do jogo do bota e nem procuro ter opinião própria mas, sempre consigo saber como anda nosso time pelo nível das zoações da galera da minha sala. Vou te falar que estou sem moral pra revidar.

    ResponderExcluir